sábado, 30 de outubro de 2010

Mandalas - Parte 2 - Figuras geométricas

Bom, voltamos então com a parte 2 do conteúdo sobre mandalas. Vamos falar agora das formas geométricas que constituem uma mandala. Além do centro que é colocado um círculo, as outras partes são também muito importantes. E você pode usar diversas formas geométricas como mostraremos aqui.

Ao olhar uma mandala vemos um desenho circular, que contém em seu interior formas variadas. No centro desse desenho há uma área da qual tudo parece ter sido gerado.

Uma mandala representa uma célula, um disco solar ou lunar, um túnel... É impossível dizer o que inspirou a criação da primeira mandala, mas é certo que encontramos mandalas já nos primórdios da evolução humana, pois há desenhos de mandalas nas cavernas pré-históricas, ainda que bastante simplificados.

Ao analisar uma mandala, encontramos alguns elementos comuns a todas. A forma circular é uma regra. O ponto central é outro elemento sempre presente na mandala legítima. A repetição ou simetria das formas que constituem o desenho e uma constante.

O ponto principal da mandala é o seu centro, ao redor do qual o desenho parece se desenvolver. Esse ponto é um foco visual que atrai o olhar do observador da mandala.

A forma circular, que cria o campo de desenvolvimento do desenho da mandala, que é limitada por uma linha contínua, fecha o espaço e o divide em parte interior e parte exterior.

Os simbolismos de cada uma das partes que constituem o desenho de uma mandala são interessantes. Mesmo que o criador de uma mandala não tenha consciência daquilo que faz, ele coloca em sua criação elementos simbólicos ancestrais. Ao desenhar uma mandala, criamos algo sagrado. A linha circular é o espaço que determina onde inicia o mundano e termina o sagrado. Portanto, tudo que está dentro é sagrado.

No interior da mandala há um ponto central, que representa a essência da mandala. Os outros elementos em geral parecem estar em ligação com esse elemento e de certa forma dependem dele, pois se desenvolvem a partir da sua existência. Esse ponto representa uma existência superior, a fonte de toda a criação, Deus.

O desenho da mandala tem quase sempre uma estrutura geométrica, que divide o espaço em porções simétricas. A numerologia e a geometria são analisadas numa mandala de acordo com suas simbologias. A emanação das figuras geométricas e do número de divisões do espaço é uma realidade. Esses dois fatores determinam a chamada "vibração da mandala". A vibração de uma mandala não está só ligada às suas formas e estrutura numérica. Essa emanação vibracional tem muito a ver com as cores usadas, pois desenho e cor são inseparáveis numa mandala.

Diante do que foi exposto, vimos que a mandala é na verdade um campo de força, no qual as emanações das formas, da estrutura numérica e das cores são poderes vibracionais atuantes.

Sendo assim, uma mandala pode alterar as vibrações daquilo que suas emanações atingem. E isso é uma realidade. Quando fazemos contato visual com uma mandala nossa energia se altera e essa modificação é sempre muito positiva.

O campo de força de uma mandala modifica a nossa energia em vários níveis. Ele estimula a mente, equilibra as emoções e ativa os processos físicos, ajudando a restabelecer sua função plena. A mandala é uma fonte de cura - no sentido amplo, benéfico e quase sagrado que ela tem.

O circulo: simboliza a união. A junção de tudo. Sem meio nem fim. Pode ser usado em mandalas direcionadas a famílias ou em situações de conflito, por proporcionar união.
 Arquétipo da totalidade e da eternidade. Representa a perfeição divina e perpetuidade de Deus. O círculo ou disco é emblema de tipo solar. Junto à roda e à esfera, simboliza também o dinamismo psíquico, o mundo manifestado, a unidade interna da matéria, tudo que é preciso e regular; a harmonia universal. Simples: o infinito, o universo, a totalidade; com ponto no centro: a primeira manifestação do princípio criativo divino; dividido (por uma reta horizontal): a primeira divisão do Princípio Divino em duas polaridades opostas e complementares (masculina e feminina); com cruz no interior: o momento da criação, quando o princípio masculino impregna o feminino; com triângulo no interior: o princípio espiritual ou ternário dentro da totalidade; com quadrado no interior: o princípio material ou quaternário dentro da totalidade.

O triangulo: Esta figura geométrica tem importante valor simbólico em muitas religiões e escolas esotéricas, representando a Trindade divina: a harmonia, a perfeição e a sabedoria.

Eqüilátero: as tríades divinas ou o perfeito equilíbrio entre os três aspectos da Divindade; isósceles positivo (ápice para cima): o ternário evolutivo ou anseio do espírito em se libertar da matéria; isósceles negativo (ápice para baixo): o ternário involutivo ou o princípio espiritual que penetra e vivifica a matéria.

O quadrado: Símbolo da matéria e da passividade. Seus lados representam os elementos da natureza (água, fogo, terra e ar) ou os quatro pilares da sabedoria humana (ciência, religião, filosofia e arte). Mesma simbologia usada quando é usado ao inverso ou girado.

Coração: Um dos mais importantes e universais símbolos esotéricos. Verdadeira sede da inteligência, já que a ele corresponde o cálido e luminoso Sol (ao cérebro corresponde a luz fria e refletida da Lua).

Por outro lado, a importância do amor, na mística, reside no fato de que ele se expressa por meio do coração. Amar é acionar a força de um centro (o coração), o qual estimula e impulsiona os outros centros. Dessa forma, o coração é o símbolo magno do amor, iluminação espiritual e felicidade.

Cruz: Em todas as culturas, seu significado arquetípico é o da união dos opostos: o eixo vertical (masculino) e o eixo horizontal (feminino). No cristianismo, é o emblema máximo.

Para a teosofia, traz a idéia do homem regenerado, aquele que conseguiu integrar harmoniosamente suas duas partes e que, “crucificado” como mortal, renasce como imortal. Na simbologia rosa-cruz, evoca os quaro reinos da natureza. Como símbolo da “Árvore da Vida”, representa o “eixo do mundo”: a ponte ou escada através da qual a alma pode chegar a Deus.

Pentagrama: Símbolo universal do espírito. Esotericamente, a aparição de uma estrela simboliza o aparecimento de uma possibilidade de realização espiritual. Também pode ser usado em mandalas de cura.

Outros símbolos:

Espiral: Um dos mais importantes símbolos universais, a espiral representa o arquétipo do cosmos, e simboliza o processo evolutivo do universo. No sistema hieroglífico egípcio, a espiral denota as formas cósmicas em movimento, ou a relação entre a unidade e a multiplicidade, entre o centro e o círculo.
Mantras: Sílaba sânscrita, hinduísta, de invocação, afirmação e bênção solene. O mais usado é o mantra Om, o mantra da evolução e da espiritualidade. É considerado um dos mais importantes mantras.
Elementos naturais:

As mandalas também podem ser feitas com elementos naturais, por exemplo, cristais, madeira, flores e folhas.

Em muitas escolas esotéricas a flor simboliza a fugacidade das coisas, a beleza e a primavera. No Oriente, pela sua forma mais comum, a flor representa também os “centros energéticos espirituais”, os chakras. O conceito da “flor de ouro”, na mística chinesa, é um símbolo transcendental taoísta que alude à vitória espiritual. Ao usar flores em sua mandala, é necessário saber o significado e simbologia de cada uma delas. Eis algumas:

Rosa: Exprime o desenvolvimento do espírito, e está identificada com todas as expressões que denotam tal significado. A rosa está associada à idéia de regeneração, fecundidade e pureza.
Margarida: A expressão da verdade.
Violeta: Lealdade, modesta
Girassol: Dignidade, gloria e paixão.

Conforme prometido, disponibilizo abaixo o documento sobre a segunda parte do artigo sobre mandalas. No final, no ultimo artigo, coloco todos. Assim fica mais fácil.

Baixar mandalas - Parte 2 - Figuras geométricas


Beijos iluminados.

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