Ao falar de magia egípcia, não temos como não nos recordar de cleópatra, das piramides, das esfinges etc...
Ao falar de magia egípcia na prática, vem o poder das palavras. O encantamento proferido para salvar um filho, ressucitar um esposo ou proteger seu país contra os inimigos.
A magia egípcia era conhecida exatamente dessa forma, a magia de palavras e encantamentos que eram usados para conquistar, proteger e salvar.
Ao lermos os livros de história, vemos que o Egito por sua riqueza e exuberância era constantemente cercado, embora estando numa região árida, tinha um avançado sistema de irrigação que o permitia ter controle sobre a plantação e a cheia do Nilo. O que o tornava alvo de outras nações.
Os Egípcios tinham um sistema de religião politeísta assim como os gregos e romanos. Porém, assim como os gregos e romanos, tinham sua divindade preferida. E essa era a Deusa Ísis. Mãe de Hórus e esposa de Osíris. Porém esse fato não impedia os egípcios de terem templos para outros deuses de seu grado. Como por exemplo Thot, o deus da sabedoria, do conhecimento e dos escribas.
A sociedade egípcia era extremamente organizada e hierarquizada. E assim como hoje, existiam lugares específicos para moradia das classes menos abastadas, assim como seu local de enterrar os mortos. No entanto, quando falamos de religião, encontramos um ponto em comum. Os egípcios não adoravam seus deuses de acordo com suas posses, e sim da maneira que os Deuses pediam, ou mandavam. Para isso, existiam os templos, locais sagrados onde muitos iam em busca de orientação. Dentre os templos mais famosos podemos citar o de Abul Simbel. Construído por Ramsés II. Como modo de homenagear sua esposa preferida Nefertiti, assim como a si próprio.
E falando em palavras...
Os egípcios usavam dois tipos de escrita para comunicação. A hieróglifa e a demótica.
A hieróglifa era usada em assuntos religiosos e políticos, já a demótica para assuntos do cotidiano.
Os hieróglifos são estudados até hoje, e cientistas e arqueólogos buscam entender o significado de seus símbolos. Usando em alguns casos a Pedra Roseta como ponto de partida para análise.
A diferença básica entre um e outro, é a grafia. Enquanto a pedra roseta tem uma escrita rudimentar e rústica. Os hiróglifos são símbolos desenhados cujo determinado significado, vogal ou consoante é atribuído.
No entanto, o que ficou conhecido mundialmente foi o hieróglifo. Pois foi o alfabeto usado na decoração dos templos e tumbas descobertos pelos arqueólogos. Sendo a mais famosa delas e a de Tutankamon. O jovem faraó que morreu aos 19 anos de idade.
Até onde se sabe não ficaram livros com escritas, ou tratados, as conclusões em que chegaram se baseiam em relatos da história, e nos escritos em templos e tumbas. O que é extremamente contraditório, visto que os egípcios eram organizados e mantinham tudo registrado. A colheita, as ofertas nos templos, os dados da população, a época da cheia etc. Para tal procedimento os escribas eram selecionados e sua palavra em alguns casos era mais valiosa que a do faraó. Pois ele tinha propriedade para falar do assunto que o tinham determinado. Registrar os números.
Sendo uma sociedade politeísta, o Egito tinha um Deus designado para cada atividade, e para os escribas não era diferente. Seu Deus era Thot. A deidade com cabeça de Íbis.
Haviam muitos deuses e deusas no Egito antigo. Como dito antes, a mais amada era Ísis. Ísis era a Deusa da família, do casamento, da maternidade. Era a representação da esposa fiel e amada. Que realiza e zela por seu casamento e por sua família.
Segundo a lenda, Ísis era ainda uma jovem aprendiz quando decidiu se aproximar de Rá e tentar saber seu verdadeiro nome. Ísis sabia que ele não falaria por livre e espontânea vontade, então resolveu usar sua magia para encantar uma serpente e essa picar Rá. O deus se vendo a beira da morte disse a ela que faria qualquer coisa para se ver livre do veneno, e Ísis já sabendo disso, pediu então que ele revelasse seu nome. O que foi feito. A partir de então, Ísis ficou conhecida como a senhora da magia e das palavras. Pois com suas palavras encantadas convenceu o grande Deus Rá a dizer seu verdadeiro nome. Nome que jamais alguém ouvira antes.
Ísis desposou seu irmão Osíris. Que foi morto por inveja de Seth, seu irmão.
Osíris foi vítima de traição, pois Seth o convidara para uma festa e em dado momento resolveu brincar com seus convidados, colocando um sarcófago banhado a ouro no centro da sala, dizendo que quem entrasse e coubesse perfeitamente nele, o teria. Todos os convidados comparsas de Seth entraram no sarcófago. E como já era sabido, não couberam por inteiro. Ao chegar a vez de Osíris Seth fechou o sarcófago, pois esse coubera perfeitamente em seu irmão.
Ao trancar Osíris no sarcófago, Seth o jogou no Nilo. Ísis sabendo disso, corre em auxílio ao seu amado, porém já o encontra morto.
Ao levá-lo para casa para realizar o funeral, Seth descobre o ocorrido e rapta novamente o corpo de Osíris. Dessa vez, esquarteja o irmão e espalha os pedaços pelo delta do Nilo.
Ísis conta então com o auxílio de sua irmã Hathor, e sai em busca dos pedaços do marido. Encontra-os finalmente, e o ressuscita. Ao realizar esse feito, Ísis engravida de seu amado.
Sabendo que é perseguida por Seth e que esse sabe de sua gravidez, Ísis se esconde no templo onde dá a luz seu filho Hórus. O deus Falcão. Que ao crescer luta com o tio para vingar a morte do pai.
Sobre os ritos e cerimoniais egípcios, não restaram muitos documentos. Talvez seja por que como dito anteriormente, era realizada uma consulta no templo para saber exatamente o rito, ou oferenda a ser realizada.
O mais conhecido de todos é a mumificação. Ritual de preparação do corpo do morto, onde suas vísceras eram retiradas, e o interior preenchido com ervas aromáticas. O processo durava cerca de 70 dias.
No entanto sabemos que três tipos de celebrações eram realizadas no decorrer do calendario egípcio, de acordo com a época. São eles:
- Festivais dedicado a um Neter. Deus ou Deusa,
- Festival para homenagear os mortos;
- Festival da colheita.
Dos rituais que conhecemos são relatos de bruxas e bruxos, que em invocação ao panteão egípcio, identificam-se com determinado deus ou deusa e desenvolvem sua maneira particular de rito e aproximação.
Vale lembrar que esse procedimento pode ser realizado por qualquer um que queira um contato real e verdadeiro com a deidade, cujo propósito não seja o de prejudicar alguém ou de simplesmente se provar e provar aos demais que pode realizar tal façanha.
Os deuses existem. Estão em constante contato conosco, precisamos apenas parar e escutar a volta. A magia está no ar que respiramos, na terra que pisamos, na folha que cai....Em todo o universo. E embora saibamos que a civilização muda, e com ela muitas das vezes as deidades. Devemos saber também que o chamado sincero e verdadeiro é escutado cedo ou tarde. E que certamente estaremos prontos na hora certa para desenvolver nossa missão.
"Que os deuses sempre se interponham entre você e os danos, em todos os lugares vazios que você caminhar"
Antiga benção egípcia.
Adorei a Abordagem que se fazem sobre a Magia Egípcia, tendo muita necessidade de materiais sobre o Tema!
ResponderExcluirNamastê!
=O Adoreii
ResponderExcluirMe identifico muito com os Deuses Egípcios, eu nao sei explicar, desde pequeno sempre fui atraído por eles, e para mim sempre foi muito natural, nao sei explicar, é como se todos os mitos e lendas sempre foram parte de mim, é como se tudo estive-se no fundo da minha alma, lá bem aguardadinho!
ResponderExcluir