domingo, 30 de maio de 2010

Culto aos ancestrais



Não se sabe ao certo quando o homem começou a cultuar seus antepassados, mas cogita-se que tenha sido a partir do momento que ele deixou de ser nômade e passou então a fixar residência, e criar comunidades.
O culto aos ancestrais sempre foi tido como um dos principais, além claro, das divindades. Pois acreditava-se que você deveria ser grato a eles por ter lhe dado a sabedoria, e a base para continuar a vida. Diferente do que muitos pensam, o culto aos ancestrais não é ficar em cemitérios até tarde da noite, ou simplesmente acender velas. É mais que isso, é simplesmente honrá-los, e respeitá-los. Pois sem eles nada seríamos ou teríamos.
Muitas civilizações cultuavam e cultuam seus mortos, cada uma de um jeito diferente e particular, mas não podemos claro falar de culto aos ancestrais sem deixar de falar no Egito antigo.
Como sabemos, os egípcios "enterravam" seus mortos em tumbas ou pirâmides, e todo o processo de mumificação e preparação do corpo, levava 70 dias. Os pertences do morto eram colocados junto a ele, pois acreditava-se que ele voltaria, e enquanto isso não acontecesse, sua vida no além mundo deveria ser o mais perfeita e parecida com a mundana possível.
O calendário egípcio tinha dois tipos de festividades. Em celebração às divindades e também o culto aos mortos.
Na Europa, os Etruscos, tinham o costume totalmente diferente. Seus mortos eram enterrados em túmulos de pedra. E o local que o corpo era depositado, lembrava uma mesa de refeições. Também deixavam bens ao lado do morto, porém em sentido diferente dos egípcios, pois não era para que o morto usasse, e sim como modo de agradecê-lo pelo bem feito a geração.
Nas civilizações gregas e romanas. Os mortos eram cremados, pois acreditava-se que seu espírito iria renascer com a fumaça que saia da pira funerária. As cinzas eram depositadas no columbário, que do latin significa casa de pombas, por lembrar um pombal. Ainda podemos citar o fato dos romanos terem em sua casa o lararium, altar dedicado exclusivamente à Vesta deusa do fogo sagrado, mas também aos ancestrais, sendo eles os mane e os lare.
Ainda na Europa, os celtas também queimavam seus mortos, no entanto, suas cinzas eram dispersas na natureza, sendo no ar, na terra ou na água.
Há ainda algumas culturas que realizam esses cultos, mas com a chegada do cristianismo, grande parte enterra seus mortos em covas de terra, ou compartimentos de cimento. O que não deixa de ser túmulo. Mas há o receio, e em alguns casos medo, de realizar culto aos ancestrais. Pois ainda há a idéia de que os mortos serão chamados de volta a vida.  Sabemos que o véu existe, e que ele em dados momentos ou períodos do ano, fica bem tênue. Mas o culto aos ancestrais deve ser sobretudo de muito respeito e não idolatria. No cristianismo há a idéia de acender a vela para iluminar o caminho e a alma. Não discordo, desde que seja em local apropriado. Mas repito, ao realizar tal feito, o respeito acima de tudo deve estar presente no coração da pessoa que o realiza. Seria mais uma maneira de agradecer por tudo que ele ou ela nos deu e ensinou. E pedir, por que não? Para que possamos honrá-los durante nossa vida como eles merecem ser honrados.


Bençãos dos antigos!

Fonte: Discovery channel
Adaptado por Ametista.

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